segunda-feira, 21 de maio de 2012

Subsídio #PJnaCupulaDosPovos

A Pastoral da Juventude em comunhão com a Igreja e com os mais diversos movimentos sociais juvenis e preocupada com o bem estar dos povos, sua vida plena e o cuidado com a nossa casa mãe, está inserida no processo de construção da Cúpula dos Povos para a Rio+20. Este é um espaço construído pela sociedade civil, onde iremos levar nossas bandeiras de luta, denunciando as falsas soluções para o desenvolvimento sustentável do planeta, e também, pautar nossas reflexões e propostas enquanto juventude para o mundo que queremos.
Para que a juventude possa inserir-se neste debate e trazer à luz suas ideias e práticas sustentáveis, a PJ o subsidio para encontros de grupos de jovens “Cúpula dos Povos na Rio+20”. O mesmo é composto por uma carta de apresentação sobre a Cúpula dos Povos e a Rio+20, dois encontros e uma celebração, além de algumas reflexões e musicas em torno do tema.


Esperamos que este material possa chegar a todos os grupos de jovens, e que estes possam vivenciar esta mística do “Bem Viver”.

Autor/Fonte: GT Nacional da Pastoral da Juventude para a Cúpula dos Povos http://www.pj.org.br

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Anel de Tucum



"Conta-se que um bispo, que em uma reunião com os líderes do povo Tapirapé, uma tribo indígena, foi intimidado por sua fé e resistência. Ele pediu seu perdão pelo tratamento ao seu povo pelos seus, e mais importante, perdão pela cumplicidade da Igreja na opressão do seu povo ao longo dos séculos.
O bispo tirou o anel de ouro, símbolo de sua ocupação, e apresentou-o ao chefe, dizendo: "Não podemos devolver todo o ouro que tomamos, ou restaurar todas as vidas que destruímos. Mas temos tempo para tentar fazer as coisas direito. Tome este anel como um símbolo do meu desejo de que a igreja será - não acumulando, mas doando-se. "O chefe Tapirapé aceitou o anel, e retribuiu através da remoção de seu anel de tucum e dando-lhe ao bispo como um símbolo de seu perdão e solidariedade.


O anel de tucum é um símbolo usado por aqueles/as que acreditam no compromisso preferencial das Igrejas com os pobres. O objetivo é resgatar este compromisso e denunciar as causas da pobreza.

Este é o compromisso simbolizado nesta aliança, já que tanto no Antigo quanto no Novo Testamento os profetas e apóstolos afirmam a fidelidade de Deus aos pobres e oprimidos. A aliança de tucum é o sinal desta fidelidade, deste compromisso. Além da Bíblia, a opção pelos pobres é testemunhada também por toda a tradição da Igreja, principalmente na América Latina, a partir do Concílio Vaticano II e das Conferências dos Bispos em Puebla e Medelin. Esta opção é a essência mesmo da vida cristã porque está ligada à imitação da vida de Cristo. Mas esta opção não é apenas uma responsabilidade individual. Neste momento da história, ela implica um compromisso social que está ligado à partilha e acesso à propriedade dos bens absolutamente necessários à vida. Deus está do lado dos pobres porque Deus ama os pobres. Por isso o cristão é chamado a seguir este mesmo exemplo de amor e opção preferencial que tenta promover a dignidade humana. No pobre revela-se o rosto do próprio Deus (Mt 25,40).

No filme “Anel de Tucum", Dom Pedro Casaldáliga explica assim o sentido desta aliança: “(...) Este anel é feito a partir de uma palmeira da Amazônia. É sinal da aliança com a causa indígena e com as causas populares. Quem carrega esse anel significa que assumiu essas causas. E, as suas conseqüências. 


"O anel de Tucum”

“... Chamar-me-ão de subversivo
Eu responderei incisivo:O sou.
Pelo meu povo que luta,
Pelo meu povo que trilha apressado
Caminhos de sofrimento.
Eu tenho fé de guerrilheiro
E amor de revolução.
E entre Evangelho e canção
Penso, e digo o que sei.
Se escandalizo, primeiro
Eu me abrasei de Paixão”
"Dom Pedro Casaldaliga"



Você toparia usar o anel? Olha, isso compromete, viu? Muitos, por causa deste compromisso foram até a morte (...)". 

Fonte: